TRILHO CASTREJO - Parque Nacional Peneda Gerês

Este trilho permite-nos conhecer os antigos caminhos que ligavam as brandas às inverneiras, um interessante sistema de povoamento utilizado pelos nossos antepassados – o povo castrejo.

De Pequena Rota, o Trilho Castrejo encontra-se sinalizado, levando-nos através de 17 quilómetros, ao longo das quais salta à vista a riqueza da fauna e flora da região. Passamos por frondosos bosques de carvalho-alvarinho, matos rasteiros onde despontam coloridas flores e ribeiros e regatos de água cristalina.

 

03 de Março 2024

Localização: Castro Laboreiro – Parque Nacional da Peneda – Gerês

Ponto de Partida: Cruzamento – Castro Laboreiro

Extensão: aprox. 17km

Duração: +- 7h  

Nível de Dificuldade: Moderado

Altitude Min/Max: 1124 m

Tipo de Trilho: Trilho Cultural e Paisagístico – Sinalizado

OPÇÃO 1 – Transfer Ida e Volta Porto | Preço: 30,00€ p/pax

OPÇÃO 2 – Encontro no Cruzamento – Castro Laboreiro | Preço: 20,00€ p/pax

  • 0,00 €
  • Termos e Condições

Capela de S. Brás, Moinho de Água e Ponte da Assureira

Ao passar pela Inverneira da Assureira, é de notar uma pequena capela que contém traços de construção “Manuelina”, estilo arquitetônico português, que surgiu nos inícios do Séc. XIX e é caracterizado como o “Gótico Tardio”, no entanto devido às remodelações pouco criteriosas já feitas, a capela tornou-se incaracterística.

Junto à capela encontrará também um moinho para a moagem do milho de data incerta, mas colocado algures já na idade moderna e a Ponte da Assureira que dos 3 elementos referidos é a mais antiga datando da Baixa Idade Média em que curiosamente as partes mais bem preservadas são as mais antigas, se olharmos atentamente os blocos maiores são os origem romana que estão em perfeitas condições, os mais pequenos também presentes são os mais modernos e menos conservados.

Sugestão: Antes ou depois de atravessar a ponte faça um pequeno desvio até ao rio e espreite para a parte inferior do tabuleiro, por certo se irá aperceber da diferença!

Ponte Cava da Velha

Devido à sua extensa rede hidrográfica este região necessitou de inúmeras pontes desde tempos longínquos, a da Cava da Velha sendo uma das mais antigas, datada do Séc. I, foi construída por ordem dos romanos aquando da construção da ligações entre os territórios conquistados na Galiza em Espanha,  e os territórios no norte de Portugal. A ponte não se encontra com o seu aspeto original, tendo sido reformulada na idade medieval.  

 

 

Bico do Patelo

Seguindo os caminhos deste trilho e logo após transpor a “Inverneira da Curveira”, irá encontrar o Bico do Patelo, estranha formação granítica em forma de bico, faz-nos lembrar a cabeça de uma ave de rapina, localiza-se no topo de um maciço rochoso, digno de todas as fotos que poder tirar.

Descrição do trilho 

Este trilho feito no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Mais que um trilho de beleza ímpar, com paisagens impressionantes e caminhos centenários, é um trilho que nos ensina muito acerca das vivências dos que por estas terras vivem e delas dependem. 

Hoje em dia muito se fala em “sustentabilidade“, é tema do momento no toca principalmente ao turismo e agricultura e para espanto de muitos a sustentabilidade é praticada nestas terras por centenas de anos, aqui o povo aprendeu que forçar a natureza não é solução e com isso decidiram há muito acompanha-la no ritmo que ela lhes impõe.

Como tal, soluções foram necessárias para se chegar a um equilíbrio quase perfeito entre homem e natureza. Desta forma decidiram viver consoante as condições meteorológicas, criando o que chamamos de Inverneiras e Brandas, núcleos populacionais sazonais, que lhes permitem mover-se com os seus animais, tendo um aproveitamento máximo do que cada época do ano lhes providência. 

Deste modo com preparações prévias e com datas específicas para o efeito, a 15 de Dezembro já com o frio a fazer-se sentir os locais deslocavam-se para as “Inverneiras” zonas de baixa altitude protegidas do frio, onde permaneciam durante todo o Inverno, até que com a Primavera a despontar, a 15 de Março deixavam as suas “Inverneiras”  e retornavam às “Brandas”, subindo às zonas altas do planalto onde permaneciam durante a maior parte do ano, sendo estas mais férteis e com melhores pastagens para os animais.

No entanto regularmente os locais deslocavam-se às Inverneiras para cuidar do solo, tirando assim o maior proveito dos 2 núcleos sazonais, retornando sempre no final do dia às respetivas “Brandas”. Neste percurso que passa maioritariamente nas zonas baixas irá ter uma visão em primeira mão de como estes núcleos foram construídos e como operam, devido a ser uma tradição a cair em desuso a maioria destes núcleos encontra-se deserto, no entanto há sempre a exceção à regra e em alguma das 5 Inverneiras do percurso irá certamente encontrar gentes na labora das terras ou a tratar dos seus amados animais.  

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